sábado, 2 de junho de 2012

Apelidos de carros

Encontrei este post bem interessante sobre carros. O Aqui de casa a gente colocou nome, chamamos ele de Triny.  E você, também dá nome ao seu? Mande pra mim o nome do seu bibi.







Uma coisa que sempre me atraiu foi a questão da criatividade das pessoas, ao apelidar alguns modelos de automóveis. A grande maioria dos apelidos é baseada em algum aspecto visual, em referência a algum objeto, personagem ou qualquer outra coisa que seja conhecida do grande público. Mas também há uma questão interessante, que são os apelidos que denunciam algum problema crônico do modelo. E ainda há os pejorativos, criados por inveja ou desejo de sabotagem, que chegam a prejudicar – e até mesmo aniquilar – as vendas de alguns modelos.
Segue uma compilação de alguns apelidos famosos (com as citações das fontes de pesquisa no fim do post):

Pelo painel já dá pra entender por que esse fusca foi chamado 'pé-de-boi'

Boa tentativa, Volkswagen...

Muita imaginação para relacionar a Fafá com esse Fusca...

O símbolo maior dos devaneios do Itamar

Fusca

O caso mais interessante e emblemático é o Fusca, uma vez que o próprio nome deste veículo aqui no Brasil é um apelido. A explicação mais provável é que o termo “fusca” seja uma corruptela de “Volks” (que em alemão, se pronuncia mais ou menos como “folks”). O apelido pegou, passou a ser usado pela própria Volkswagen, e se transformou em um dos mais conhecidos nomes de nossa história automobilística. Um link muito legal sobre a história do Fusca pode ser visto nessa página do site daQuatro Rodas.
Além do nome Fusca, algumas versões tiveram seus apelidos específicos:
Fusca Pé-de-boi
Em 1966, a VW lançou uma versão totalmente simples, para baratear custos, e poder oferecê-lo a um preço pagável por classes menos abastadas. porém, era tão espartano que ganhou o apelido de Pé-de-boi, que pegou tanto a ponto da própria VW utilizá-lo em suas campanhas publicitárias (clique aqui para ver uma delas). O termo ‘Pé-de-boi’ acabou por ser usado para designar qualquer carro básico, desprovido de equipamentos.
Fusca Besourão
foi o apelido do Fusca quando ele ficou maior. Quando o carro invadiu o mercado de táxi, era chamado de Táxi Mirim e o taxista era obrigado a retirar o banco da frente do passageiro para facilitar a entrada e a saída dos ocupantes, pois o carro só tinha duas portas e assim ele não podia transportar mais do que dois passageiros, não fazendo concorrência com os carros maiores. O preço da corrida no táxi mirim era bem mais barato.
“Cornowagen”
A Volks resolveu colocar teto solar no Fusca, inclusive mostrando através de propagandas, os prazeres de passear com o teto-solar aberto. A idéia deu certo até que algum gaiato (ou concorrente invejoso) disse que a abertura no teto era ideal para os chifres do motorista. Estava nascido um apelido que além de matar o modelo, é até hoje motivo de piadas por parte dos mais inseguros que possuem carros com teto solar.
Fusca Fafá
A partir de 1979 o Fusca ganhou lanternas grandes na traseira; a ligação do público com os bustos avantajados da cantora Fafá de Belém foi imediata e o carro ganhou o nome dela. A cantora ganhou R$ 350 mil de indenização da montadora pelo uso não autorizado de seu nome em um anúncio do ano 2000 do modelo New Beetle, a decisão foi tomada no último dia 28 de setembro.
Fusca Itamar
Em 1993 o então presidente da República Itamar Franco tentou ressuscitar o carro que havia parado de ser fabricado no Brasil. Assim que ele ressurgiu nas ruas o brasileiro logo o apelidou de Fusca Itamar.

Gol Batedeira

Gol Bolinha

Gol Ninja

Gol

O Gol, que foi projetado para ser o substituto do Fusca, é um campeão de vendas. E não poderia deixar de ter seus apelidos.
Gol Batedeira
A primeira geração do Gol, refrigerado a ar, ganhou esse apelido por se parecer com um modelo de batedeira da GE da época (veja foto aqui), além do característico barulho do motor.
Gol Quadrado
Confundido com o batedeira, é uma série posterior, com um face-lift. O termo “quadrado” também é usado para outros modelos que tem forma muito “quadrada”, como por exemplo, a primeira geração do Golf que desembarcou no Brasil.
Gol Bolinha
Um dos mais famosos apelidos do Gol, a segunda geração recebeu esse apelido por conta das suas formas mais arredondadas que as da primeira geração. Também é um apelido que é usado para outros carros, como por exemplo, a segunda geração do Golf.
Gol Ninja
A atual geração do Gol ganhou dois faróis dianteiros “puxados”, e a turma logo relacionou com os olhos puxados de um ninja. Apelido na hora! E ainda saiu barato para a VW, que deu sorte dos problemas de motor deste veículo não terem rendido mais apelidos.

Esse deixou saudades nos taxistas

Santana

A segunda geração do Santana no Brasil ganhou a alcunha deROBOCOP por seu formato excessivamente quadrado, linhas austeras e seu grande tamanho. Especialmente os na cor prata eram rapidamente relacionados com o policial robô.

Há mais de 60 anos no mercado - nem o pão Pullman durou tanto

Kombi

Um dos maiores exemplos da desatualização da indústria automobilística, é vendido por aqui há 60 anos (!!) completados em 2010, sem sinais de que vai parar. Quando desembarcou por aqui, ganhou o apelido de PÃO PULLMAN, por se parecer com um pacote de pão-de-forma.
Entretanto, esse apelido acabou caindo em desuso pelas gerações seguintes, e hoje não se vê mais quase ninguém se referindo à Kombi por este apelido.

Um exemplo de um apelido que pode acabar com a reputação de um carro

VW 1600

Este recebeu um dos mais inglórios apelidos. Ele pegou tanto, que as pessoas não sabiam o nome oficial do carro, mas com certeza sabiam seu apelido: ZÉ DO CAIXÃO, famoso personagem criado por José Mojica Marins.
No fim da década de 70 a Volkswagen, precisando lançar um concorrente à altura do Corcel, lançou o VW 1600; porém, as linhas retas e o formato retangular da carroceria, aliados às maçanetas das quatro portas, fizeram a criatividade popular brasileira associar o novo Volkswagen a um caixão. As vendas foram pífias, praticamente sendo adquirido apenas por taxistas.

Apelido por causa de um detalhe interno

Ford T

Se você acha que apelido de carros é uma coisa recente, ou que o tempo pode apagar um apelido, como foi o caso da Kombi, fique sabendo que a coisa é bem antiga, e pode perdurar. Um clássico como o Ford-T é conhecido até hoje como Ford BIGODE, por causa da posição das alavancas de aceleração e do avanço de ignição, abaixo do volante, que lembram um bigode (uma foto de seu interior pode ser vista neste link).

Que carro saliente!

Chevrolet 3100

Este veículo ficou conhecido como MARTA ROCHA, por causa de saliências nas laterais, que pareciam com os quadris largos da modelo. Segundo alguns relatos da época (não confirmados), a referida modelo só não foi Miss Universo em 1954 por causa dos seus quadris largos

Um dos maiores micos da nossa indústria

Renault Gordini/Dauphine

A despeito do sucesso que as marcas francesas tem atualmente, as décadas passadas em que eles tentaram se estabelecer por aqui foram penosas. Que o diga o Gordini, que era espaçoso, confortável, mas detestado pelo público, que o achava pouco resistente e portanto, era como o LEITE GLÓRIA (marca de leite em pó da época), que “desmancha sem bater”.

Belo, mas ordinário

Simca Chambord

BELO ANTÔNIO: No filme Belo Antônio (Il bell’Antonio – 1960), as mulheres derretiam-se por Antônio, imaginando que ele seria um amante perfeito. Quando uma delas o conquista e casa-se com ele, acaba descobrindo que apesar de belo, Antônio é impotente. O Simca Chambord era um carro elegante, um tanto caro e tinha um roncador V8 de 2,5 litros sob o capô. Parecia ideal para os ricaços da época, mas o V8 gerava apenas 84 cv, o torque só aparecia em rotações elevadas e a velocidade máxima não passava dos 130 km/h. Com o sucesso do filme na mesma época do lançamento do carro, a comparação foi inevitável.

Parece um carro de personagem de desenho animado

Renault 4CV

O Renault 4CV chegou ao Brasil pouco antes do Fusca, em uma época dominada por carrões americanos com enormes motores instalados na dianteira. Portanto, os consumidores não estavam acostumados com motorização na traseira – característica do 4CV, daí o apelido de RABO QUENTE. O apelido de JOANINHA também foi atribuído, mas por causa de sua aparência arredondada.

Porta suicida

DKW-Vemag

Os carros desta montadora eram chamados de “decavê”, uma corruptela da sigla DKW. Até 1964, eles tinham as chamadas “portas suicidas”, em que as maçanetas da porta dianteira eram localizadas na coluna central. Este tipo de porta era um verdadeiro terror para as mulheres da época, que tinham que sair com cuidado do veículo para não exibir mais do que deviam. Foi a deixa para a criação do trocadilho DEIXA VÊ, que virou o apelido deste carro.

Grande exemplar da linha de beberrões da Chevrolet

Opala seis cilindros

O alto consumo deste modelo de seis cilindros lançado em 1971 rendeu-lhe a alcunha de SEIS CANECOS.

Um tubarão que foi sonho de consumo da época

Monza

Uma reestilização do Monza, em que a frente era mais afinada, além do aspecto geral, fazia com que fosse considerada por muitos parecida com um TUBARÃO.

Pitbull - o carro e alguns donos sem noção

S10

Mais uma vez, o aspecto visual dita o apelido de um carro. Uma reestilização com uma frente muito grosseira e desproporcional ao resto deu a S-10 (e posteriormente a outros modelos) o apelido de PITBULL.

Imagine isso na cor preta...

Caravan Diplomata

Uma perua grande, de traseira bem quadrada, com muito espaço interno ganha, em geral, muitas utilidades. Uma deles é ser CARRO DE FUNERÁRIA. Quem inaugurou esse apelido foi a Caravan Diplomata da GM (sendo que a Suprema, Ipanema, além da VW Quantum também receberam esta honra).
E os desavisados usuários que as tem na cor preta sofrem com as piadas. Especialmente quando resolvem “trancar” tudo com Insul-film.

Inspiração para o bat-móvel

Impala

Um apelido que ficou famoso e é lembrado até hoje foi o RABO DE PEIXE, dado a uma versão com traseira alongada e no formato de nadadeira caudal do Impala. O carro da Chevrolet lançado em 1958 era a configuração de acabamento top de linha da marca, rebaixando o Bel Air a modelo intermediário, até então o carro mais luxuoso da fabricante norte-americana.

Sapão - movido à moscas

Escort

O Escort, em sua primeira reestilização no Brasil, ficou mais arredondado que o antecessor, e muitos acharam que ficou igual a um SAPÃO. Este apelido também foi usado, em menor escala no Golf e no Clio


Por que a tristeza?


Gatinho que não convenceu muito

Fiesta Ultraman

Fiesta

Além do Gol e Fusca, o Fiesta também teve muitos apelidos no Brasil, todos eles em função de sua aparência.
A primeira leva tinha faróis arrendondados, que conferia, para muitos, uma cara triste. daí, o apelido de TRISTONHO.
Uma segunda reestilização trouxe lanternas arrebitadas, seguindo a onda da época. Logo ganhou o apelido de GATINHO.
E a última reestilização, antes da chegada do New Fiesta em 2012, ganhou o apelido de ULTRAMAN.

Corcel de otário? Alguns acham que não...

Del Rey

Logo que saiu, o Del Rey recebeu o apelido de CORSÁRIO (Corcel de Otário), por parte dos de Corcel II, que diziam que o Del Rey era o mesmo Corcel, cheio de penduricalhos, e que custava muito mais.
Porém, se você encontrar um antigo proprietário de Del Rey, ele certamente vai lhe dizer que os donos de Corcéis II eram grandes invejosos.

Em vez de posto de gasolina, o buteco

Fiat 147

Em 1979, o Fiat 147 se tornou o primeiro modelo em série do mundo a ser abastecido com álcool. E aqui no Brasil, ele não poderia deixar de receber um apelido alusivo, e o pessoal não brincou em serviço: CACHACINHA foi um apelido que pegou de jeito nesse carrinho.

Uno, botinha ortopédica

Uno

Divisor de opiniões no mercado brasileiro, foi amado por muitos e odiado por outros tantos, que lhe deram o apelido BOTA ORTOPÉDICA. Oficialmente, o motivo deste apelido é o formato quadrado, que lembra uma bota. Mas há quem diga que a turma que o odeia deu o apelido baseado em supostas falhas gerais. Vai saber…
Será que o Mickey vai de carona?

Doblô

A FIAT parece que adora lançar carros com visual duvidoso (vide o Panda e a Nova Uno, dentre outros). A Doblô, com seu formato desengonçado, ficou rapidamente conhecida como CARRO DO PATETA (aquele famoso personagem da Disney).
A cor que determinou o apelido

O mini monstrengo'

Picanto

A categoria de mini carros não é novidade no Brasil. Porém, uma recente onda de lançamentos teve no Picanto um de seus protagonistas. Pelo fato do brasileiro, de um modo geral, não gostar muito desse tipo de carro, já eram esperados os apelidos.
A primeira geração quase passa incólume, não fosse um pequeno detalhe: Os Picantos da cor amarela eram muito parecidos com o PIKACHU, famoso personagem de desenhos animados.
A segunda reestilização foi ainda pior: Os designers erraram a mão feio, e encheram o carro de vincos muito pronunciados, e detalhes visuais que não cabem em um carro deste porte; o resultado foi um design geral grosseiro, que rendeu o apelido de GODZILLA ao carro.

Estradeiro, mas quebradiço

Lada Niva

O jipe russo compacto e rústico era o carro-chefe da Lada, a primeira marca estrangeira a chegar oficialmente ao Brasil depois que o então presidente da República Fernando Collor acabou com a reserva de mercado para automóveis em 1990.
Porém, a saída prematura da Lada do mercado brasileiro ocasionou uma grande dificuldade de se encontrar peças. Juntando às panes frequentes, o Lada Niva ganhou a seguinte fama: “É sempre a mesma LADAINHA” (o que ainda rende um trocadilho com o nome LADA).


Retirada da página  http://aroldo.net.br/blog/?p=235 

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